sábado, 20 de outubro de 2007

há... se eu pudesse te ver.../que cor usaria pra te escrever?/matizes silábicas rodeando/minha vã certeza capaz de alcançar/uma boa parte/ de ti/pra poder.../usar letras pra te pintar/palavras a desenhar/vogais a acariciar/ o som que sinaliza/uma existência...
A tarde daquele dia esquecia as memórias, num leve sussurrar de plumas, jazia insólito nas horas que se estreitavam sob as nuvens daquela terra marcada.
Não eram assim todos os dias.
Insólito planava no chão de cada esquina, como quem procura, perdido, por uma lembrança.
Deleitava-se sobre as pétalas de jasmim e as seguiam em suas tessituras facilitando ainda mais a condolência de seu coração.
Desnudado, assim, trazia consigo meia dúzia de letras, e refinando-se no prazer de desenhá-las, imprimia-lhe com uma peça de tecido de algodão.

msn

tarde chuvosa, os passáros nos fios dos postes deixam-se banhar pelas migalhas que brotam das nuvens. o sentimento que um filme brando deixou, deixou meu coração retalhado comungando com o cheiro que a água fez subir da terra...é muito bom cheiro de terra molhada tem, pra mim um sabor de infância...tem cheirinho de preguiça; quando o assunto dos adultos terminava em seus silêncios, circulando na casa de vovô, combinavam com a brisa das árvore, em frente ao portão... leve lembrança...