Com as letras do teu nome
e a lembrança da tua cor
Sofejo refrões, refaço amores, rimas
E me reinvento um quase lírico
Do resto do que a gente se torna a cada dia
Faço verso e me reinvento na poesia de uma tarde
Onde a aurora ainda se guarda e se faz dia para noite
Dessa noite que já não sei quantos homens ainda são verdade (ou entrega aos amores)
Ou quantos levam o segredo de sua dor
Quando a espera é feita em verbo e os instantes mais fluidos
Toco o lábio e o desejo de cantar a solidão
E ainda o desejo dos sonetos ainda não escritos
Forrando de estrelas outros versos, os que em mim ainda virão
Com letras de um nome nunca em mim pronunciado
Me faço de palavras como é de pedras a estrada
que se faz pelo tempo já escrito na canção