domingo, 28 de junho de 2009

A arrebentação toca o recife

O espírito do mar quer profanar seu sal
Enquanto a areia da praia
Anuncia o rio que teve seu tempo só
Ai, quantas promessas esse leito não carregou?
Salubre prisma, o teu solo prometeu
Espelho d’água hoje reflete o caos
Que o cais de um colo sagrado de mãe
Levou à clareza de Deus
Ó pai, oceano não és solo, chão
És em meu peito universo

terça-feira, 23 de junho de 2009

A ave de rapina

Voa seu vôo menina!
Canta seu canto (um quase grito)
Que ativa o que te recobre
Tetas, manto ou plumas
Saias feitas pelo gosto de ser filha
do chão - sinto a força do que em seu seio é belo;
um sentir que paira e se prova num flutuar denso de uma pena caindo
A saber menina:
O céu não guarda segredos;
A chave de quem o guarda é o símbolo do seu mistério
Igreja do meu ser