sábado, 12 de junho de 2010

No contratempo do nada

Como quem cria um tempo para se imergir,

O poeta sente que as horas são rabiscos de eternidade

De fusos que imanam de lugares desconhecidos

O contratempo de sua melodia

Desdiz uma ilusão

Entre a firmeza dos passos

E o destino não esperado

Seus desencontros revelam um mistério

resta

Do clarear, manhã

A lua vem dizer

do que na tarde é aurora

a ternura dos seus olhos

me fez do alvorecer

(roper de um novo dia?)

imperfeito como brisa

no calor dos seus braços

reinvento canções

redescobrindo palavras

tecidas dos amores

do que resta no desejo